Santa Tereza mantém ainda o jeito de cidade interiorana, onde as pessoas se encontram nas praças, as mães e babás levam as crianças para tomar sol e os casais namoram nos bancos. Além da Praça Duque de Caxias, a principal, existem outras quatro, menores e menos conhecidas, que recebem o cuidado especial de duas empresas do bairro, pizzaria Parada do Cardoso e o bar Copa Beer.
As praças Ernesto Tassini, Joaquim Ferreira da Luz, e Maria Dolores foram adotadas pelo proprietário da Parada do Cardoso, André Carvalho, que todos os dias passa pelas praças e verifica se está tudo certo e, quando sobra um tempinho rega as plantas, pessoalmente.
Ele sugere que os comerciantes em volta da Praça Duque de
Caxias se reúnam e adotem o local, para que ele possa se manter conservado e continuar sendo um cartão postal do bairro. E isto é bom para todo mundo.
Para manter a grama aparada, as árvores podadas e as plantas livres de pragas, ele conta que investe mensalmente entre 250 a 280 reais, que segundo ele, “são muito bem empregados, pois temos de cuidar do que é da comunidade”. O processo de adoção foi feito em parceria com a prefeitura, que em contrapartida instalou os bancos e recolhe os galhos das podas.
André fala orgulhoso das flores e das árvores, mas lamenta que as pessoas não colaborem ao deixar lixo jogado no grama e pichação nas placas. A Praça Ernesto Tassini, que fica em frente à Pizzaria, à Rua Dores do Indaiá, nº 399 e ao lado do Bar do Orlando, segundo ele, “é a mais prejudicada, pois as pessoas deixam guimbas de cigarro, latas de cerveja e lixo espalhados pelos canteiros e passeios, principalmente nos finais de semana.”
A mesma reclamação faz a proprietária do bar Copa Beer, Adriana Loschiar que adotou a Praça José Persilva em frente ao seu estabelecimento, à Rua Salinas, 2113. O pessoal, sobretudo as pessoas, que frequentam a feirinha de alimentação na quinta-feira, pisam nas plantas e deixam sujeira por todo lado. “O compromisso com a praça deveria ser de todos. A gente tenta melhorar a situação, mas a colaboração é difícil, tem gente que até rouba plantas. Eles não entendem que aquelas mudas foram compradas e pertencem à praça”, diz ela.
Sobre a adoção, Adriana comenta que “a prefeitura relaxa muito quando encontra um adotante e isto não é parceria. É necessário que haja uma ronda da guarda municipal pela praça e uma varrição com mais frequência para evitar a depredação.” Adriana há um tempo instalou um brinquedo para as crianças, mas já não existe, foi totalmente destruído.
A adoção da praça ocorreu em 2009 e já recebeu premiação da prefeitura como a praça mais bem cuidada do bairro, segundo ela, com direito a coquetel e entrega de placa. Ela conta que “o Copa foi bar do meu avô, Luiz Mazzochi, e ele plantou várias das árvores da praça. Isto, além de fazer alguma coisa pela comunidade, foi uma das minhas motivações para a adoção.”
Portanto, vai aí um recado dos adotantes para a população: vamos colaborar pessoal com a manutenção das praças, não deixando lixo espalhado e nem levando os cachorros para fazerem suas necessidades na grama.